Na maioria das vezes o diabetes tem origem familiar por meio de transmissão genética, podendo estar associado ao estilo de vida. Essa doença é observada em todas as faixas etárias inclusive crianças, sendo mais freqüentes em pessoas a partir dos 40 anos de idade. Inicialmente o indivíduo não apresenta sintomas, fazendo com que fique sem o diagnóstico e com o passar do tempo começa a apresentar aumento do volume urinário, muita sede, perda do sono e emagrecimento rápido. Normalmente é quando o paciente se da conta da doença.
Como todos sabem, os hábitos de vida saudável como dieta balanceada, prática de atividade física, evitar o tabagismo, controle da hipertensão arterial, colesterol e avaliação médica rotineira são muito importante na manutenção da saúde, pois para as pessoas diabéticas as regras são rígidas, cuja quebra certamente resulta numa vida abreviada, com pouca qualidade, sujeita a freqüentes infecções e sérios problemas circulatórios.
As alterações provocadas pelo diabetes tornam as paredes dos vasos sanguíneos frágeis, proporcionando vazamentos, hemorragias e obstruções vasculares em toda circulação periférica do nosso organismo. É uma doença degenerativa progressiva que leva a insuficiência renal com conseqüente necessidade de transplante, deficiência circulatória de extremidade principalmente dos membros inferiores com amputações e retinopatia diabética levando a deficiência visual.
A Retinopatia Diabética é uma alteração circulatória do fundo dos olhos que compromete a visão levando a cegueira nos casos não tratados, acomete o paciente após alguns anos de doença diabética, podendo inicialmente estar presente mesmo em paciente com uma visão excelente, o que dificulta o diagnóstico.
Na pessoa diabética a perda visual muitas vezes é um sintoma tardio, desta forma é importante que se saiba, mesmo apresentando boa visão pode necessitar de tratamento oftalmológico. Portanto o diabético obrigatoriamente deverá ser avaliado com regularidade pelo médico oftalmologista.
Algumas décadas atrás a diabetes era considerada uma doença incurável com tratamento praticamente inexistente, uma tragédia que na maioria dos casos conduzia o paciente para a cegueira. Atualmente, com a evolução da medicina, temos boa condição de tratamento proporcionando bom resultado evitando a cegueira.
O tratamento da retinopatia diabética se inicia pelo controle clínico da diabetes com o da hipertensão arterial e de outras doenças de comprometimento vascular, necessitando também de orientação nutricional. Este tratamento associa a terapia com laser e medicações intra-oculares que na maioria dos casos estabiliza a doença, quando aplicado em momento adequado evita a evolução para a cegueira.
O diabetes torna o paciente muito vulnerável a infecções e os já descritos problemas circulatórios graves, o que lhe proporciona uma sobrevida abreviada e indesejável comprometendo a qualidade de vida. Assim sendo a prevenção e diagnóstico precoce pode ser a forma para manter uma vida mais longa e saudável com uma boa visão.